“Todos os times têm uma torcida. O Corinthians é uma torcida que tem um time.”


“O CORINTHIANS SERÁ O TIME DO POVO E O POVO É QUEM VAI FAZER O CORINTHIANS." (Miguel Bataglia, primeiro presidente do Corinthians, na primeira reunião da diretoria, em 1910)






quinta-feira, 7 de julho de 2011

Força, humildade e obediência tática: liderança isolada



Estamos felizes da vida. O Timão é líder do campeonato mais difícil do mundo. Vencemos o Vasco, com dificuldades, é verdade, mas mostramos um espírito de luta incomum e uma esquematização tática digna de um forte time de basquete da NBA.

Sim, porque se o Barcelona se inspira no lendário Chicago Bulls dos anos 1990, com suas maravilhosas triangulações, o Tite montou uma equipe que não descansa, que corre atrás da bola no campo inteiro. Se leva um gol, como ocorreu no frango do quase excelente Júlio César, vai martelando até conseguir o resultado.

É até questionável a ausência de jogadas interessantes, de encher os olhos dos torcedor mais exigente, mas é comovente a entrega de um time em que cada jogador corre por ele e pelos companheiros. O jogo de ontem no Pacaembu mostrou um Corinthians coeso e humilde, que sabe de suas limitações técnicas e sabe que o torcedor está pronto a apoiar quem se empenha, quem põe o coração em campo.

Não sei até onde vai esta sistemática de jogo. O campeonato é muito longo e não temos peças de reposição suficientes para manter o alto padrão. No basquete, o elenco é formado por atletas de alto nível e a saída de um não implica na queda de rendimento. Geralmente, não há titulares e reservas. O sonho de Tite é montar um time com 22 jogadores, fazendo o revezamento, obrigatório ou não, sem a perda da qualidade.

O Brasileiro só vai terminar no final do ano. Até lá muita coisa vai acontecer. Teremos atribulações, ambiente conturbado, nocivas interferências externas de quem gosta de fazer tempestades em copo d`água. Estamos falando de Corinthians, em que tudo, tudo é supervalorizado, exagerado. Mas o início de competição é bastante animador.

Futebol é bem diferente de basquete. Neste, o melhor e mais organizado quase sempre vence. No futebol, são tantos detalhes, tantas situações que muitas vezes extrapolam o campo de jogo, que não é possível afirmar categoricamente que o melhor será o vitorioso.

Amigo da Casa Corintiana, que ninguém nos ouça, mas é importante lembrar que temos um outro forte componente contrário ao nosso objetivo de ser campeão: todas as torcidas. Não existe torcedor de um time que seja simpático ao Cotinhians. Ou você é corintiano ou torce contra.

Por que você acha que a TV transmite mais jogos do Timão do que qualquer outro time? Porque todo mundo assiste. Nós, da República Popular do Corinthians, e o resto das torcidas, que seca, seca, vibra e comemora gol do nosso adversário com emoção similar se fosse seu time que estivesse marcando.

Por essas e outras, acho que não é fácil o Corinthians ser campeão, mas vejo que estamos no camimho certo. É só manter o foco, administrar bem a situação nos momentos de turbulência e ir à luta. Vai Corinthians. Com força, humildade e obediência tática. Não para, não para, não para.

Vai agora uma patriotada de corintiano emocionado com o desempenho do time. Quem tem Ralf não precisa de Ramirez e Lucas Leiva. 

Tomara que os europeus não levem nossos jogadores, tomara que o Timão passe despercebido pela imprensa esportiva, que vive inventando crises no Parque São Jorge. Tomara que o Juca Kfouri, que só a cada dez anos fala bem do Corinthians, como fez dia destes e que foi postado aqui na Casa Corintiana, não fale nada do nosso do time e se ocupe em criticar a diretoria, a Copa do Mundo no Brasil, o estádio do Timão, o governo, a seleção, o scambau.

Pra fechar, salve Tim Maia: "Fiquei esperando, pra te ver sorrindo, pra te ver cantando..."

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