A pressão foi muito grande após a derrota para o Tolima. Sobrou principalmente para Ronaldo e para ele. As cobranças foram atribuídas de acordo com o potencial de cada um. Por ser um jogador diferenciado, com um currículo extraordinário, Roberto Carlos se viu no centro de uma crise após as vergonhosas apresentações do time diante dos colombianos.
O que reforçou a revolta dos corintianos foi o fato de Roberto Carlos, na véspera, alegar uma contusão, não participando da partida. O termo exato é "pipoca". Se o renomado jogador estivesse em campo a ira seria menor? Só Deus sabe. O que fica para a história de Roberto Carlos é que ele pipocou no jogo, até então, mais importante do ano.
Os deuses do futebol costumam pregar peças. Roberto Carlos foi considerado, com toda justiça, o melhor da sua posição no Brasileirão 2010. O seu retorno ao Brasil praticamente apagou a sua última imagem no inconsciente coletivo: a ajeitada na meia na semi-final da Copa do Mundo de 2006, quando saiu o gol de Thierry Henry, e perdemos para a França.
A volta de Roberto Carlos significou o resgate de um craque do nosso futebol, não só dentro de campo, mas principalmente no conceito do torcedor brasileiro. E justamente no Corinthians, que é sempre um desafio. Jogar no Timão e conseguir o reconhecimento das torcidas adversárias não é para qualquer um. Ainda mais se o jogador já está carimbado por algo negativo que tenha feito antes.
Pois Roberto Carlos conseguiu vencer o desafio e praticamente apagou uma nódoa na sua fulgurante carreira. Até a segunda partida com o Tolima, o corintiano mais apaixonado compraria briga na defesa do ex-jogador do Palmeiras, Inter de Milão, Real Madrid e Fenerbhaçe.
Atleta aplicado e, mesmo sem o vigor dos bons tempos, dava conta do recado; disciplinado, ao contrário de muitos outros repatriados que caem na farra; não se machucou e só deixava o campo por cansaço ou para ser poupado para o próximo encontro.
Esta postagem é um agradecimento da Casa Corintiana pelo que Roberto Carlos realizou enquanto esteve envergando a gloriosa camisa alvinegra. Mesmo sem conquistar títulos, demonstrou alto grau de profissionalismo. O pentacampeão mundial não ficará no mesmo degrau dos grandes nomes da história corintiana, mas quando for comentado sobre sua passagem pelo clube é necessário e justo afirmar que ele soube honrar a camisa e respeitar o torcedor.
http://www.robertocarlos.com.br/site_br/layout.htm
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