Já tenho dezenas de janeiros nas costas e desde que me conheço por gente acompanho o futebol e não me recordo de emoção coletiva no esporte tão autêntica. Lembro-me das despedidas de Pelé no Santos, depois na Seleção Brasileira (no Maracanã, com a torcida em uníssono pedindo "fica, fica, fica") e por fim no Cosmos, de Nova York e do futebol.
Muitas despedidas podem ter sido até mais emocionantes, mas essa há registros fortes, incontestáveis de amor e carinho por um jogador. São lágrimas de homens, mulheres e crianças dando adeus ao ídolo que volta a seu país para defender outra agremiação. O agradecimento por tudo o que Liedson fez jogando pelo clube português somado ao sentimento de perda foi uma das mais belas páginas do futebol mundial.
Dirigentes, empresários e jogadores deveriam se mirar nesse marcante exemplo. Dinheiro pode garantir e antecipar o futuro, mas nem sempre pode marcar tão maravilhosamente a vida de um atleta como a noite de 4 de fevereiro de 2011 marcou em Liedson e em toda torcida presente ao estádio de Alvalade.
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