“Todos os times têm uma torcida. O Corinthians é uma torcida que tem um time.”


“O CORINTHIANS SERÁ O TIME DO POVO E O POVO É QUEM VAI FAZER O CORINTHIANS." (Miguel Bataglia, primeiro presidente do Corinthians, na primeira reunião da diretoria, em 1910)






domingo, 20 de março de 2011

Em jogo complicado, Timão lutador bate o esforçado Americana - Um jeito Tite de vencer


Caro amigo da Casa Corintiana, primeiramente vou lembrar da bela homenagem que o Corinthians prestou ao povo japonês pondo na camisa a bandeira do Japão e o nome em japonês de cada jogador. Coisa linda de se ver. Alias, esse departamento de marketing do Timão é o melhor do Brasil e do mundo. Acho que o nosso presidente nem sabe o que está acontecendo no planeta, mas o nosso marketing está ligadaço nos acontecimentos.

Vamos lá, amigo da Casa Corintiana. Levamos sufoco do Americana no final da partida desta tarde no Pacaembu. O jogo foi uma correria só, alta velocidade. Cada jogador, excetuando os goleiros, é lógico, deve ter corrido mais de 10 quilômetros. Muita vontade, muito espírito de luta. Como está disputando apenas uma competição, o Corinthians está com todo o gás. O Americana também. Então o que se viu foi um corre-corre. Os atletas correram mais do que a bola. Foi eletrizante. Para você ter uma ideia, o árbitro não deu nenhum  minuto de acréscimo no primeiro tempo. Ninguém fez cera. Todo mundo foi pro jogo. Ou pra correria. No segundo, a partida foi para os 48 devido as substituições. Jogo franco, leal.

A vitória corintiana por 1 a 0 foi merecida. O nosso goleiro Júlio César não fez sequer uma defesa difícil. Criamos algumas chances, mas convertemos mal. No fim, valeu o gol do Liedson, sempre oportunista. Aliás, essa moçada que transmite e comenta jogo não dá o devido valor a um gol feito nas condições em que o Liédson concluiu. Quem jogou ou joga pelo menos uma peladinha de final de semana sabe que, no rebote do goleiro, é preciso você acertar o passo, dar uma atrasada ou uma adiantada para poder bater bem na bola. Repare que o Liedson ajeitou o corpo para bater de chapa. Não é muito fácil. É coisa de quem é do ramo. Você deve se lembrar do gol de Romário, na Copa de 1994, contra a Holanda. Passe do Bebeto, lembra-se? Ele atrasou a passada e fulminou para as redes.

Voltemos ao Timão  porque aqui é a Casa Corintiana e não vamos ficar enchendo muito a bola de quem não tem nada a ver com o campeão dos campeões. Gostei do Paulinho. Melhorou muito nos últimos jogos. Gostei do Castán e da volta do Chicão, mesmo o Wallace tendo dado conta do recado quando o substituiu. O Fábio Santos, rapaz!  Jogou com uma garra que eu não imaginava que teria. Já deve ter incorporado o espírito corintiano. Bruno César correu barbaridade, mas continua devendo. Dentinho, sumidão. Ralf, um leão. Um jogo feito para o Ralf: correria, pegada, luta. Alessando, bem de novo, muita luta, vontade, entrega. Morais vai se tornando o cabeça pensante do time. Às vezes o Morais faz umas jogadas incompreensíveis, mas  está com crédito. Tanto que a torcida o aplaudiu quando foi substituído pelo Danilo. Danilo? Deixa pra lá. O Liedson é um matador e divide todas. É franzino, mas não pipoca. É um goleador nato. Ramirez entrou mal no jogo e Willian não apareceu porque teve pouco tempo.

Enfim, esse é o time com a cara do Tite. Um time forte na marcação e que tem grandes dificuldades quando o adversário fica atrás e apresenta a mesma proposta do treinador. Fica um bate-rebate e o coração do torcedor bate descompassadamente. O que é inegável no Timão do Tite é que não falta garra e preparo físico. Com a saída dos veteranos famosos, ninguém mais corre para suprir a falta de empenho ou de condição física do companheiro. Hoje, ele corre por si e pela equipe. Quem vê o Corintians na televisão parece que está acompanhando um jogo numa quadra de futsal tamanha é a ocupação dos espaços. Quando o adversário também é bem preparado fisicamente como o Americana, dá nisso: uma alucinante corrida pelo gol. Sobra vontade ao Timão e falta calma e pouco mais de categoria para finalizar.

O importante é que chegamos a 31 pontos. Estamos na cabeça e aumentando a confiança a cada jogo. Um jeito Tite de vencer. Vai Corinthians! Como um corintiano me disse hoje: "Torcemos para dois times: para o Corinthians e contra o resto." Então, vai Corinthians! Quanto ao resto...

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