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Quando lhe restava um pouco do seu brilhante futebol e lhe sobrava dores, pôs a camisa corintiana, venceu e pôs um ponto final na bela carreira (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians) |
Olá, amigo corintiano, parceiro da Casa Corintiana. O futebol ficou mais pobre sem o Ronaldo Fenômeno, mas foi emocionante saber que ele é querido em todos os cantos do mundo. Até na sisudez inglesa, que quase descamba para uma mal disfarçada arrogância, Ronaldo tem fãs. Um cidadão do mundo, que vestiu a camisa corintiana e com ela foi campeão.
Ronaldo escreveu páginas maravilhosas no livro da história alvinegra. Ronaldo é mais um louco no bando, mais um mosqueteiro como foi o grande Neco e tantos outros. Salve, salve Fenômeno. Valeu! Valeu muito sua passagem pelo Parque São Jorge.
Assisti toda a coletiva do Fenômeno. Foi de se emocionar. Até palmeirense chorou. Pelo menos um amigo meu me confessou que chorou. " Cara, a hora que ele falou que não conseguia emagrecer, que ele não conseguia mais, foi emocionante." Ao me dizer isso, ele quase derrubou mais lágrimas.
O Brasil e o mundo reconhceram e aplaudiram tudo o que o menino de Bento Ribeiro fez com a bola nos pés. Com 16 anos já havia saído de casa para morar em outro estado; com 17 já havia saído de seu país. Cumpriu uma trajetória dignia e acidentada, sofrida e vitoriosa. Quando lhe restava um pouco do seu brilhante futebol e lhe sobrava dores, pôs a camisa corintiana, venceu e pôs um ponto final na bela carreira no dia 14 de fevereiro de 2011.
Agora, tem aquele grupelho de mal-amados, aqueles que acham que tudo na vida é armado, que opinam de acordo com seus pensamentos escrotos, que por pensarem só maldade acham que tudo é feito calculadamente. Ficam pegando detalhes irrelevantes equiparando-os à essência do momento.
Essa turminha que se esconde na profissão de jornalista criticou, entre outras questões despropositadas, ainda que veladamente, o fato do Corinthians ter faturado com o anúncio da despedida. Essa turminha criticou o espetáculo. Afinal, era ou não era um espetáculo? Lógico que era. Tinha que ser.
Ora, queriam o quê? Que ele fizesse o anúncio no CT do São Paulo, do Palmeiras, do Santos, do Flamengo? A pré disposição para falar mal do Corinthians chega a ser irritante. Assisto há muitos anos todos os programas esportivos em rede nacional, tanto nos canais abertos como nos fechados. Depois de tanto tempo consegui detectar os apresentadores e comentaristas que, por mais que se mostrem imparciais, se traem ao falar do Corinthians.
Há um ódio misturado com amargura para comentar qualquer coisa do Timão, uma má vontade somada a um desprezo latente. Quanto mais disfarçam, mais se traem. Ontem, tiveram que engolir em seco e falar realmente o que Ronaldo representou para o clube campeão dos campeões e o que o clube campeão dos campeões representou para o Fenômeno.
Costumo dizer que ser Corinthians é ser o centro de todas as discussões futebolísticas. Por mais pacato que seja um corintiano ele terá que se envolver nas intermináveis conversas sobre nossas inesquecíveis (para eles) derrotas e nossos tabús negativos, sempre lembrados por eles.
Muita gente da crônica, dita especializada, comprovadamente contrária ao Corinthians, deixa subliminarmente no ar sua alegria por qualquer revés corintiano. Alguns o fazem descaradamente. Também é correto afirmar que muitos corintianos que se dizem jornalistas fazem das suas em jornais, internet, rádios e tevês, não reconhecendo os méritos dos adversários, mas o número é infinitamente menor em relação aos anticorintianos que infestam as redações e os computadores.
Ronaldo sofreu muito mais do que deveria por conta desta antipatia, por essa má vontade, por esse desprezo ao Corinthians. Ontem, num dia em que o mundo do futebol relembrava os feitos de Ronaldo, os mal-amados de plantão fizeram questão de lembrar que o craque não tinha no currículo a conquista de uma Libertadores, de uma Champion, de um Brasileiro. Ora, bolas! O cara ganhou um Mundial, foi eleito três vezes o melhor do mundo e é o maioir artilheiro em Copas e vão lembrar dos títulos que ele não conquistou?
Gente de grossa ironia, carregando potes de sarcasmo, alimentados de inveja, desfraldando a bandeira do desprezo e rindo o riso falso da pequenês humana. Para vocês, a minha indiferença, a indiferença dos corintianos.
Ora bolas! Todos nós sabemos que os eternos complexados, os de mal com a vida, os adeptos do quanto pior melhor, os intoleráveis, os visões estreitas, os anti-esportistas estão em todas as áreas. Muitas vezes, travestidos de bom mocinhos, de sorriso fácil e conversas melífluas escondem sua ira e seu descontentamento com a vida e fazem da crítica a sua ferramenta de uso contínuo e inconsequentemente.
Lembrar dos erros de Ronaldo e das suas derrotas faz parte da análise neste instante. Agora, supervalorizar seus percalços profissionais e pessoais num momento de agradecimento por tudo o que ele fez pelo futebol em detrimento de suas grandes conquistas é inadmissível. Isso não cabe no esporte e em nenhum segmento profissional. Isso não cabe na vida.
Gente de grossa ironia, carregando potes de sarcasmo, desfraldando a bandeira do desprezo e rindo o riso falso da pequenês humana. Para vocês, a minha indiferença, a indiferença dos corintianos. O Corinthians e a Fiel serão sempre bem maior do que vocês. Valeu, Ronaldo!
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