“Todos os times têm uma torcida. O Corinthians é uma torcida que tem um time.”


“O CORINTHIANS SERÁ O TIME DO POVO E O POVO É QUEM VAI FAZER O CORINTHIANS." (Miguel Bataglia, primeiro presidente do Corinthians, na primeira reunião da diretoria, em 1910)






sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

De uma tragédia corintiana surgiu o apelido de Porco para o Palmeiras

 Desde que eu nasci eu escuto as torcidas adversárias chamar os palmeirenses de “porcos”. No entando nunca tive a curiosidade se saber de onde surgiu ou se originou esse apelido. Sim, porque apelidos jocosos para times de futebol não surgem do nada. Os são paulinos são chamados de “bambis” pro causa das zoações do Vampeta. Os corinthianos de “galinhas” para gozar a maior torcida organizada deles. Santa internet. Vasculhei e descobri o porquê. Vejam esse post do site Futepoca – http://www.futepoca.com.br/

No dia 28 de abril de 1969 ocorreu um fato lamentável que teria como efeito colateral o “batismo” da Sociedade Esportiva Palmeiras como “porco”. Depois de empatar por 1 a 1 com o São Bento, no Estádio Humberto Reali, em Sorocaba (SP), o Corinthians retornou à capital paulista. Do Parque São Jorge, os dois maiores destaques do time naquela competição estadual, o lateral direito Lidú (22 anos) e o ponta esquerda Eduardo (25), resolveram comer uma pizza nos arredores do Canindé, o estádio da Portuguesa. Mas não chegariam ao restaurante: na Marginal Tietê, Lidú perdeu o controle de seu Fusca, que chocou-se violentamente contra uma das pilastras de sustentação da ponte da Vila Maria (foto acima). Os dois morreram na hora.


Corinthians, 1969. Em pé: Ditão, Luís Carlos, Dirceu Alves, Pedro Rodrigues, Lidú e Lula. Agachados: Paulo Borges, Tales, Benê, Rivellino e Eduardo

Daí, veio a confusão que acabou por acirrar definitivamente a rivalidade entre corintianos e palmeirenses. Como o Paulistão já estava no returno e o prazo de inscrições de atletas havia se encerrado, a diretoria do alvinegro tentou, na Federação, uma autorização especial para inscrever dois novos atletas. A FPF convocou todos os clubes para uma reunião extraordinária, colocando em votação a pretensão corintiana, com a condição de que essa aprovação teria que ser unânime.

Não foi: somente o presidente do Palmeiras, Delfino Facchina (abaixo), votou contra. O que motivou o presidente do Corinthians, Wadih Helu (acima, à direita), a chamar os palmeirenses de “porcos”. Foi a senha para a torcida do Corinthians.


Na partida seguinte entre os dois times, os alvinegros soltaram um porco no gramado do Morumbi antes do início do jogo. Enquanto o suíno corria, assustado, os corintianos entoavam o coro de “Porco! Porco!”. Isso virou uma provocação intolerável para os palmeirenses até as semifinais do Paulistão de 1986, quando o alviverde goleou o rival por 5 a 1 e sua torcida resolveu assumir positivamente o “porco”. Durante o jogo, os palestrinos inventaram uma versão para o grito dos dinamarqueses na Copa do México: “Dá-lhe Porco/ Dá-lhe Porco/ Olê-olê-olê”. Desde então, o Palmeiras assumiu oficialmente sua identificação suína, após 17 anos de azucrinação corintiana.


Cerveja e sinuca uma semana antes do acidente, no Sambarthur, ponto de encontro de boleiros da época na Vila Maria: a partir da esquerda, os corintianos Décio, Lidú, Arthur (dono do bar), Lula, Eduardo e João Carioca

Texto publicado em 03/02/2010

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